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ANSIEDADE/DEPRESSÃO: Como o corpo reage ao medo intenso — e por que paralisamos ou fugimos

Entenda como o corpo reage ao medo intenso e por que instintivamente paralisamos ou fugimos diante de uma ameaça percebida.

Diante de uma ameaça repentina — real ou percebida —, nosso corpo entra em estado de alerta máximo. 

Em segundos, músculos enrijecem, a respiração acelera e o coração dispara

Essas reações fazem parte de um mecanismo evolutivo conhecido como resposta de luta, fuga ou congelamento, que prepara o organismo para lidar com o perigo de forma automática.

A ciência mostra que o medo intenso ativa áreas específicas do cérebro, desencadeando uma onda de mudanças fisiológicas e hormonais para aumentar as chances de sobrevivência.

A amígdala cerebral como centro do medo

Quando sentimos medo, a primeira região a ser ativada é a amígdala cerebral, responsável por identificar ameaças e iniciar a resposta de emergência. 

Em milésimos de segundo, ela envia sinais para o hipotálamo, que aciona o sistema nervoso autônomo.

Esse processo libera adrenalina e cortisol, os hormônios do estresse, que preparam o corpo para agir rapidamente.

O que acontece no corpo durante o medo

As reações físicas ao medo incluem:

  • Aumento da frequência cardíaca e respiratória
  • Dilatação das pupilas
  • Tensão muscular
  • Redirecionamento do fluxo sanguíneo para músculos essenciais
  • Supressão de funções não essenciais, como digestão

Essas mudanças melhoram o foco, a força e a velocidade — uma preparação natural para enfrentar ou escapar do perigo.

Por que paralisamos em algumas situações

Além da luta ou fuga, há uma terceira resposta comum: a paralisia

Quando o cérebro avalia que o movimento pode aumentar o risco, como diante de um predador, ele pode bloquear temporariamente a ação física

Esse estado de congelamento é conhecido como “freeze” e tem função defensiva, herdada de ancestrais animais que se escondiam ficando imóveis.

Embora pareça um bloqueio irracional, é uma resposta automática controlada pelo sistema nervoso, que visa preservar a vida.

Medo percebido vs. medo real

O cérebro não distingue facilmente entre uma ameaça concreta e uma imaginada. 

Assim, situações como falar em público, ouvir um barulho à noite ou assistir a um filme de terror podem desencadear reações físicas idênticas às de um perigo real.

Esse funcionamento explica por que sentimos medo mesmo quando sabemos racionalmente que estamos seguros.

Uma resposta essencial à sobrevivência

O medo é uma emoção vital para a sobrevivência. Ele nos mantém alertas, ajuda a evitar riscos e molda decisões importantes. 

Mas, em níveis extremos ou frequentes, pode se tornar disfuncional e gerar transtornos como fobias ou ansiedade crônica.

Compreender como o corpo reage ao medo nos permite reconhecer e, em muitos casos, controlar melhor nossas emoções diante do desconhecido ou do perigo aparente.

Fonte: O Antagonista

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