Lula, o sedizente Messias retirante, parido entre lágrimas, metáforas de barro e delírios de grandeza, novamente em “modo campanha eleitoral escancarada” afirmou, dias atrás, que “Deus mandou a seca para o Nordeste porque sabia que, um dia, eu seria presidente e levaria água ao povo”.
Sim, meu caro leitor, minha cara leitora, vocês leram certo. Deus, segundo a “alma mais honesta desse país”, seria apenas um mero roteirista do PT.
Em outra de suas espetacularizações eleitorais, sempre mais falsas que nota de três reais, entre soluços ensaiados e lágrimas secas, relatou que uma senhora doente, prestes a morrer, pediu-lhe um abraço.
Nada mais comovente à plateia domesticada e, claro, impossível de checar. Outra vez, a retórica do operário ungido escorre em pieguice enquanto a realidade das pesquisas mostra que “o buraco é mais embaixo”.
O país afunda em números concretos: rebaixado pela Moody’s (agência de risco), prejuízo recorde das estatais, rombo fiscal crescente, aumento de gastos com viagens e mordomias do casal presidencial e palácios em reformas permanentes.
Em busca de fontes de custeio e salvaguardas políticas, tenta emplacar mais um aumento de impostos (IOF) em nome da “Manutenção dos programas sociais”. Vá ser intelectualmente desonesto assim na Rússia, de Vladimir Putin.
Teatrinho mequetrefe
Não bastassem as encenações baratas, Lula insiste em pintar-se como o enviado divino de um Brasil místico, onde corrupção é mal-entendido, enriquecimento ilícito é politica social para apaniguados e qualquer crítica é “Ódio da elite branca”.
Em seu terceiro mandato – ou terceira farsa -, o pai do Ronaldinho dos Negócios governa com os olhos no palanque e as mãos nos bolsos dos brasileiros, exatamente como nas duas vezes anteriores.
Lula chora, Lula sofre, Lula distribui dentadura e fralda, Lula diz que salva o Brasil. Mas não só não é verdade como também não paga a conta.
Quem banca a farra das propagandas de Sidônio Palmeira é o Brasil real, aquele que não aparece no púlpito nem nas narrativas lacrimosas, mas que assiste, cansado e impotente, a mais um espetáculo – não do crescimento -, mas do velho cinismo embalado em marketing emocional de quinta categoria.
Lula se diz vítima da seca e da fome, mas é tão somente fruto do pântano do populismo de um país em que a emoção vale mais que a razão, e o teatro vitimista mais que a gestão eficaz do dinheiro público.
O mesmo homem que diz ter sido escolhido por Deus é aquele que não se atreve a aparecer publicamente em ambientes não controlados por seus capangas da publicidade.
Este senhor se vê como um enviado dos céus, mas age como um entregador do fogo do inferno.
Fonte: O Antagonista