Segundo porta-voz militar, ataque mirou setor de reconversão de urânio, etapa crucial na produção de armas nucleares
O Exército de Israel detalhou o bombardeio “em grande escala” contra o complexo nuclear de Isfahan, no centro do Irã.
Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), general de brigada Effie Defrin, o alvo foi um ponto específico da instalação onde ocorre a reconversão de urânio enriquecido.
Etapa que, segundo os israelenses, integra o processo de fabricação de armas nucleares.
"Durante a madrugada, ampliamos os bombardeios ao complexo nuclear de Isfahan e a alvos no oeste do Irã.
Na tela, é possível ver o local onde ocorre a reconversão do urânio enriquecido — essa é a etapa que sucede o enriquecimento no processo de fabricação de uma arma nuclear.
Já havíamos atacado esse ponto no início da operação e, na noite passada, atingimos novamente, em uma ofensiva de grande escala para consolidar nossos avanços.
É assim que o local se encontra agora, após o último ataque”, disse Defrin, em entrevista online.
Imagens divulgadas pelo Exército de Israel mostram os danos provocados pela nova ofensiva, que, segundo Tel Aviv, teve como objetivo “reforçar os ganhos” obtidos no início da campanha aérea contra o Irã.
Ainda segundo as FDI, foram destruídos “dois locais de produção de centrífugas” em Isfahan, que causaram “um duro golpe” nas capacidades nucleares iranianas.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que a instalação atingida abriga máquinas utilizadas para enriquecer urânio.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, afirmou que não havia material nuclear no local no momento do ataque, o que afasta, segundo ele, o risco de radiação.
Ainda assim, a agência da ONU alertou para os perigos de se atacar instalações nucleares.
A mídia estatal iraniana também confirmou os ataques e citou autoridades de segurança que atribuíram a maioria das explosões à atuação das defesas aéreas.
Fonte: O Antagonista