Algumas pessoas no mundo possuem a incrível habilidade de lembrar, com precisão, de praticamente todos os dias de suas vidas.
Essa condição rara é chamada de memória autobiográfica altamente superior (HSAM, na sigla em inglês) e intriga a ciência há anos.
Pessoas com HSAM conseguem recordar datas, eventos e detalhes específicos da vida pessoal com exatidão.
Elas se lembram do que vestiram, comeram ou viveram em dias específicos de décadas passadas, sem esforço consciente. Essa habilidade é espontânea, não treinada.
Como o cérebro dessas pessoas é diferente
Pesquisas com ressonância magnética indicam que essas pessoas têm certas áreas do cérebro mais desenvolvidas, como o núcleo caudado e o córtex temporal.
Essas regiões estão ligadas ao armazenamento e à recuperação de memórias. Ainda assim, não há um padrão definitivo para todos os casos.
Quais são as vantagens e desafios
Embora pareça um superpoder, ter HSAM também pode ser desgastante.
Pessoas com essa condição relatam dificuldade em esquecer momentos dolorosos, o que pode levar a quadros de ansiedade ou excesso de nostalgia.
Lembrar tudo tem seu lado emocional intenso.
Quantas pessoas têm essa habilidade
Estima-se que menos de 100 casos estejam documentados no mundo, sendo a maioria nos Estados Unidos.
A condição é tão rara que os cientistas ainda estudam se há fatores genéticos envolvidos.
Ela não depende de treinamento ou inteligência acima da média.
O que a ciência ainda investiga
Pesquisadores buscam entender se a memória autobiográfica extrema pode ser ativada ou estimulada em outras pessoas.
Até agora, não há evidências de que seja possível “aprender” a ter HSAM — mas os estudos sobre a memória humana continuam avançando. Essa habilidade continua sendo um dos grandes mistérios do cérebro.
Fonte: O Antagonista