A riqueza jamais produziu pobreza ou é a culpada pela miséria, infelizmente, ainda tão presente ao redor do planeta
É impressionante como o recalque pessoal e a cegueira ideológica produzidos por décadas de obscuridade crítica e preguiça mental são capazes, ainda hoje, em pleno século XXI, com tantas informações históricas à disposição e tantas conquistas a partir do progresso econômico, de levar pessoas a conceitos e pensamentos análogos aos “primatas das cavernas” em termos de conhecimento e teorias econômicas e sociais.
Por causa de uma foto do empresário Roberto Justus com sua esposa e filha, que portava uma bolsa de grife avaliada em 14 mil reais, perfis de redes sociais de militantes de esquerda passaram a atacar a família com expressões pejorativas e de extrema agressividade, inclusive “um pedido de guilhotina”.
Questões como discursos de ódio – pode isso, Xandão? – à parte, me chama a atenção outro aspecto.
Ressurge com vigor, novamente, não por acaso sob coordenação e promoção intensas do governo Lula, a falsa luta de classes, mais velha que o próprio presidente da República.
A ideia da crispação social para dissuadir a incompetência, a incapacidade e a costumeira leniência com a corrupção das administrações lulopetistas sempre foi o recurso preferido da esquerda, como o patriotismo é o diversionismo do bolsonarismo.
Nunca fomos tão prósperos
Em um mundo onde a tecnologia impera como nunca, trazendo benefícios inestimáveis em todos os campos da vida – saúde, educação, turismo, lazer, negócios, segurança, alimentação etc. -, justamente a partir de uma era de criação de riqueza sem precedentes na história humana, mola propulsora para pesquisas em ritmo cada vez mais acelerado, atacar o capital – e os bilionários – assume ares, repito, quase neandertais.
A riqueza jamais produziu pobreza ou é a culpada pela miséria, infelizmente, ainda tão presente ao redor do planeta.
Ao contrário. Sem ela, seguramente a situação seria pior e mais catastrófica.
As mazelas sociais advém tão somente de políticos e governantes que se apropriam da riqueza produzida por terceiros e a utilizam em benefício próprio, de modo a criar bolhas de bem-estar para si, e bolsões de miséria para povos inteiros.
A desigualdade social advinda dos negócios bilionários, que empreendedores criam e desenvolvem, arriscando capital e investindo tempo e saúde em ideias que posteriormente impactam positivamente a todos, a despeito de tantas dificuldades de ordem governamental e a imprevisibilidade da própria vida – pandemias, guerras, catástrofes naturais etc. – é um efeito natural do processo de desenvolvimento do mundo e da humanidade.
Procurem o Éden no divã
Sim. Seria maravilhoso um planeta perfeito em que todos vivessem bem, em harmonia e felizes para sempre.
Todos trabalhariam pouco, cada um dentro de suas habilidades e capacidades, e o bem-estar seria produzido por geração espontânea. Um toque do dedo divino.
Só que não é assim. E adultos que não compreendem isso ou simplesmente, como crianças birrentas, não aceitam a realidade, restarão condenados à “dor eterna”.
A dor da ignorância, do recalque e da mediocridade. A dor daqueles que se reconhecem limitados, mas preferem o exercício da culpabilização de terceiros a fim de negar as próprias responsabilidades.
Obviamente, estou falando dos intelectualmente, cognitivamente e emocionalmente “fracos”, e não dos desonestos.
Assim como, quando falo do empreendedorismo bilionário, não nego os negócios perversos de tantos deles.
Um país em que tanta gente – atualmente, a minoria – ainda ataca a riqueza e imagina ser possível viver melhor a partir da sombra e água fresca custeadas por quem trabalha e produz, via confisco tributário de governos corruptos, corporativistas e perdulários, não tem muita esperança de progresso objetivo em curto prazo.
A “guilhotina” defendida não mira os verdadeiros culpados – e nem deveria, obviamente. Precisamos cortar más ideias, jamais maus formuladores.
Fonte: O Antagonista