Prefeitura de Laranjeiras do Sul

Datafolha: Lula lidera percepção de culpa pelo tarifaço

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, citado por 22% dos entrevistados

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 16, indica que 35% dos brasileiros responsabilizam o presidente Lula (PT) pelo tarifaço de até 50% imposto pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, citado por 22% dos entrevistados, seguido do filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 17%. 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi apontado como responsável pelo tarifaço por 15% dos entrevistados.

A pesquisa mostrou ainda que 7% dos entrevistados não souberam apontar culpados, 3% afirmaram que nenhum dos nomes listados é responsável e 1% considerou que todos — Lula, Bolsonaro, Eduardo e Moraes — têm responsabilidade pelo tarifaço.

O levantamento ouviu 2.002 pessoas em 113 municípios entre 11 e 12 de agosto, com margem de erro de dois pontos percentuais.

Os percentuais mudam conforme a base eleitoral. Entre eleitores de Lula em 2022, 73% culpam Bolsonaro (38%) e Eduardo Bolsonaro (35%) pelo tarifaço, enquanto 11% citam Lula e 5% apontam Moraes.

Entre os que votaram em Bolsonaro, 58% responsabilizam Lula, 25% veem Moraes como responsável, 5% citam Eduardo e 4% mencionam o ex-presidente.

Contabilidade criativa contra tarifaço?

O governo Lula (PT) pediu ao Congresso, via projeto de lei complementar, a exclusão de 9,5 bilhões de reais do pacote de socorro às empresas atingidas pelo tarifaço do cálculo da meta fiscal em 2025 e 2026.

O valor inclui aportes de 4,5 bilhões de reais em três fundos garantidores –Fundo de Garantia de Operações (FGO)

 Fundo Garantidor de Operações de Comércio Exterior (FGCE)

Fundo Garantidor para Investimentos (FGI)– e a ampliação do Reintegra, programa de crédito tributário para exportadores, a um custo de 5 bilhões de reais.

A meta fiscal neste ano é zerar o déficit público, com uma tolerância de déficit de 31 bilhões de reais. Contudo, o governo já admite fechar as contas no vermelho.

Ao Estadão, o economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, afirmou que “o ideal seria não excluir tais valores do cômputo da meta, mas sim utilizar a banda de tolerância de 0,25% do PIB para absorver tais choques”.

Salto também disse que o limite para o Reintegra é de 5 bilhões de reais. Contudo, segundo o economista, não se sabe o valor total da medida por se tratar de uma estimativa.

Fonte: O Antagonista

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