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UM MISTÉRIO OLÍMPICO: RIO 2016 TENTA EXPLICAR ARENAS VAZIAS APESAR DOS 84% DE INGRESSOS VENDIDOS


Donovan Ferreti, diretor de ingressos do Rio 2016, durante a entrevista coletiva nesta segunda-feira

O diretor de ingressos do Rio 2016, Donovan Ferreti, explicou na manhã desta segunda-feira, em briefing realizado ao lado do porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI), Mark Adams, e do diretor de comunicação do órgão brasileiro, Mario Andrada, o motivo de serem observados muitos espaços vazios nas arquibancadas enquanto números dão conta de que a maior parte das entradas foi vendida. A justificativa é de que há muitos ingressos que dão direito, em fases preliminares, a mais de um jogo ou disputa, e parte do público não permanece durante todo o evento. O comitê anunciou que 84% dos ingressos para a Olimpíada estão vendidos (o total de ingressos para os Jogos é de seis milhões)...
Ferreti explicou que, desde o início da operação de venda, houve uma divisão de 70% do total para o público e 30% para família olímpica, federações e patrocinadores - que representam entre 5% e 7% dentro desses 30% separados pelo comitê.
- Fizemos uma divisão desde o início das vendas: 70% para o público local e 30% para a família olímpica, e também federações e patrocinadores. Dentro desse total de 30%, patrocinadores representam de 5% a 7%.
Questionado sobre os espaços vazios enquanto os números anunciados dão conta de venda de quase todas as entradas, Ferreti afirmou:
- Nesse ponto, tempos muito "double headers" (dois eventos no mesmo local para o mesmo ingresso). Alguns chegam para uma sessão, e saem antes da segunda. A maior parte é relacionada a isso. Há uma dupla competição, dois jogos dentro de um mesmo ingresso. Então a pessoa fica apenas para uma sessão. A partir do momento que a gente passa essas fases preliminares e começa a avançar para eliminatórias, onde tem apenas um jogo, vamos perceber que esse número de lugares vazios passa a diminuir - disse o diretor, que anunciou ainda a venda de 95 mil entradas somente no domingo, com uma receita de R$ 11 milhões.
Indagado se considera normal esses espaços vazios, Ferreti respondeu que neste momento sim. E revelou que a performance de atletas, como a seleção brasileira feminina de futebol, está impulsionando as vendas:
- Nesse ponto é normal. A gente também tem o ponto de venda, que vem aumentando próximo aos jogos. Para se ter uma ideia, ontem o evento mais vendido foi a final do futebol feminino, que nem é tão popular no Brasil, mas pelo grande desempenho vem tendo mais vendas.
O diretor de ingressos do Rio 2016 foi indagado especificamente sobre eventos populares que apresentaram muitos espaços vazios na arquibancada, como o vôlei de praia e a partida disputada na noite de domingo pelo sérvio Novak Djokovic, Ferreti ressaltou que a decisão de permanecer ou não no evento é do torcedor:
- É justificável. Os ingressos estão todos vendidos para várias competições, as que não estão ficam disponíveis no nosso site. Alguém pode não ter ido, ou saído mais cedo. A gente não pode dizer que todas as arenas estão vazias. Temos essa questão da dupla sessão. O comitê já atingiu sua meta de receita. As pessoas irem a um lugar que tem duas sessões de futebol, ou como citou de vôlei de praia, permanecer para as duas sessões é uma decisão do espectador. A gente espera que ele atenda e tenha um grande prazer em ver os jogos, mas é uma decisão dele de chegar mais cedo ou mais tarde, e ficar ou não até o final.
No fim, admitiu que a questão é motivo de preocupação para o Rio 2016:
- Claro que o comitê está preocupado em ter essa atmosfera olímpica e que as arenas estejam cheias.

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