O estado registrou taxa de desocupação de 4% entre janeiro e março deste ano, o melhor desempenho para o período desde o início da série histórica em 2012.
Os dados do IBGE revelam que o território paranaense figura entre as seis unidades federativas com menor índice de pessoas sem trabalho no país, ao lado de Santa Catarina (3%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).
A trajetória de queda vem se consolidando desde 2021, quando o indicador marcava 9,4% no auge da crise sanitária.
O atual patamar representa melhora significativa em relação aos 4,8% do primeiro trimestre de 2024.
O secretário estadual do Trabalho, Do Carmo, atribui os resultados às parcerias com o setor privado e aos programas de qualificação profissional implementados nos últimos anos.
Análises demográficas mostram disparidades no mercado de trabalho: mulheres (4,7%) e jovens de 14 a 24 anos (8,1%) enfrentam maiores dificuldades de inserção laboral.
Em contraste, trabalhadores acima de 40 anos apresentam índices abaixo de 3%.
Enquanto o Paraná celebra a redução do desemprego, o cenário nacional preocupa – a taxa brasileira subiu para 7% no mesmo período.
Especialistas apontam que o desempenho estadual reflete a diversificação econômica e os investimentos em setores estratégicos como agroindústria, tecnologia e infraestrutura logística.
A previsão é que o ritmo de criação de postos de trabalho se mantenha com a chegada de novas indústrias ao estado nos próximos meses.
OCUPAÇÃO – O IBGE também aponta que o Paraná alcançou a maior taxa de pessoas com trabalho da série histórica da PNAD Contínua, com 6,156 milhões de pessoas ocupadas, seja como empregado, empregador, por conta própria ou trabalhador familiar auxiliar.
São 20 mil pessoas ocupadas a mais em relação ao 4º trimestre de 2024, quando eram 6,136 milhões.
O Estado rompeu a barreira de mais de 6 milhões de pessoas ocupadas no 1º trimestre de 2024 e vem crescendo a cada trimestre desde então.
O número de pessoas em atividade no Paraná é o 5º maior do País, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, todos estados mais populosos.
O Paraná também segue como um dos estados com o maior percentual de empregados com carteira assinada, com 80,4%, ao lado de Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina.
A média nacional é de 74,6% e alguns estados como Maranhão têm taxa de apenas 51,4%. Além disso, a taxa de informalidade é bem baixa no Paraná, de 31,6%, à frente da média nacional, de 38%.
CAGED – De acordo com outro indicador de emprego, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Paraná registrou saldo positivo de 60.757 postos de trabalho no primeiro trimestre do ano.
É o quinto melhor do Brasil. Já no acumulado dos últimos 12 meses, entre abril de 2024 e março deste ano, o saldo paranaense é o 3º melhor do Brasil, com 118.038 postos de trabalho abertos.
Taxa de desemprego no Brasil no 1º trimestre:
Santa Catarina – 3%
Rondônia – 3,1%
Mato Grosso – 3,5%
Paraná – 4%
Espírito Santo – 4%
Mato Grosso do Sul – 4%
Brasil – 7%
Taxa de desemprego nos últimos primeiros trimestres:
1º trimestre de 2025 – 4%
1º trimestre de 2024 – 4,8%
1º trimestre de 2023 – 5,4%
1º trimestre de 2022 – 6,8%
1º trimestre de 2021 – 9,4% (pós-pandemia)
Os dados sobre o 1º trimestre da série histórica e o número de pessoas ocupadas podem ser conferidos AQUI e no painel do IBGE.
Fonte: Blog do Tupan