27 fevereiro 2016

AGENTES TENTAM DESVENDAR UM ESQUEMA DE ENTREGA DE "ACARAJÉS"

Na Operação Lava Jato, ‘acarajé’ é dinheiro vivo, em espécie. Acarajé foi o nome da 23ª fase da operação porque a palavra foi muito usada em negociações entre funcionários da construtora Odebrecht.
A reportagem é do Jornal Nacional de ontem.

O JN ocupou 1/3 de todo o seu espaço para passar informações sobre as confusões do PT, de Lula e do governo Dilma.

Leia este caso do acarajé:

‘Acarajé’ aparece várias vezes nas trocas de mensagens de três funcionários da Odebrecht. 
 
Roberto Paraíso Ramos, então presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, da área administrativa e financeira e Maria Lúcia Guimarães.

Pelo relatório da polícia, o interesse pelos ‘acarajés’ começou no dia 29 de outubro de 2013. 
 
Até 11 de dezembro do ano seguinte ainda havia mensagens pedindo ‘acarajé’. 
 
Na maioria delas, o pedido era de pelo menos 50 ‘acarajés’ de cada vez. 
 
Segundo os investigadores, ‘acarajé’ é na verdade "recurso financeiro em espécie", e o código é uma "tentativa de ocultar atividade obscura". 
 
Os investigadores destacaram 13 e-mails com as negociações de ‘acarajé’ em datas diferentes.
 
No dia 29 de outubro de 2013, Roberto Ramos escreve: ‘Meu tio, vou estar amanhã e depois em São Paulo. 
 
Será que dá pra eu ter uns 50 acarajés dos 500 que tenho com você? Ou posso comprar aqui mesmo, no Rio? Tem alguma baiana de confiança aqui?”. 
 
responde:
“Onde você quiser, entre São Paulo e Rio sem problemas. Avise com 48 horas de antecedência”
 
Em 27 de janeiro, de novo Roberto Ramos pergunta se Hilberto consegue fazer chegar mais 50 acarajés na quarta-feira à tarde, por volta das 15h no escritório da OOG, no Rio.
 
Em janeiro, março, junho, até novembro de 2014, os e-mails com pedido de ‘acarajés’ foram se repetindo.

Em alguns momentos, para fazer o serviço, Hilberto entra em contato com Maria Lúcia Guimarães Tavares.

Ela foi questionada pela Polícia Federal sobre o verdadeiro significado de ‘acarajé’. 
 
Segundo o relatório, ela manteve a versão pouco verossímil de que seu chefe Hilberto pedia porções de acarajés para entrega no Rio. 
 
E acrescentou que as baianas de Salvador vendem pequenas porções para aperitivo, em caixas.

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