O avião
que trouxe o empresário Eike Batista de Nova York para o Rio de Janeiro pousou
às 9h54 no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão.
O
empresário foi preso por agentes da Polícia Federal logo após desembarcar.
Neste
momento, Eike está no Instituto Médico-Legal (IML) onde fará exame de corpo de
delito e, em seguida, será encaminhado ao presídio Ary Franco.
O
empresário embarcou no domingo dia 29, no Aeroporto John F. Kennedy, em Nova
York, em um voo da American Airlines.
Eike,
proprietário do grupo EBX, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de
corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está
preso.
Eike e o
executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do
Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de
benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país.
Os três
também são suspeitos de terem obstruído as investigações.
Na quinta
dia 26, a Polícia Federal tentou deter o empresário em sua casa, no Rio de
Janeiro, mas ele não estava lá.
Os advogados informaram que Eike havia viajado
a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar.
A Polícia
Federal o considerou foragido e pediu a inclusão de seu nome na lista de
procurados da Interpol, a polícia internacional.
Eike, 60
anos, foi considerado o homem mais rico do Brasil e, em 2012, o sétimo mais
rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões.
As empresas do grupo EBX atuam na área de mineração, petróleo, gás, logística,
energia e indústria naval.
Em 2013, entretanto, os negócios entraram em crise e
Eike começou a deixar o controle de suas companhias e vender seu patrimônio.
O nome de
Eike Batista apareceu na semana passada no âmbito da Operação Eficiência, um
desdobramento da Operação Calicute, fase da Lava Jato, sobre propinas pagas por
grandes empreiteiras a partidos e políticos para obter contratos da Petrobras.
(Com Agência Brasil)
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